Num debate parlamentar sobre a interrupção volutária da gravidez, o deputado do CDS João Morgado afirmou que “A igreja Católica proíbe o aborto porque entende que o acto sexual é para se ver o nascimento de um filhos”.
A poetisa e deputada do PSD Natália Correia respondeu com um poema:
Já que o coito – diz Morgado – tem como fim cristalino, preciso e imaculado fazer menina ou menino; e cada vez que o varão sexual petisco manduca, temos na procriação prova de que houve truca-truca. Sendo pai só de um rebento, lógica é a conclusão de que o viril instrumento só usou – parca ração! – uma vez. E se a função faz o órgão – diz o ditado – consumada essa excepção, ficou capado o Morgado.